terça-feira, 16 de junho de 2009

Achei que fosse apenas mais uma aventura,
Romance de estação, coisa passageira.
Mas quando olhei nos seus olhos eu vi,
Pude enxergar o que estava a minha frente.

E cá estou eu, perdido de amor,
Ou melhor, me encontrei no amor.
Poeta que me tornei, reviro-me em devaneios,
Junto tijolos para a construção dos nossos sonhos.

E sigo assim, de saudade em saudade,
Não me contenho, aguardando te encontrar.
E novamente me perco e me encontro,
No menino que ensina o homem a viver.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008



Contei a um amigo que pararei de escrever no meu blog, então esse é o ultimo post que estou deixando.


O negócio é o seguinte, quero me divertir com aquilo que faço e me pego tendo que escrever por obrigação, pra manter o blog. O prazer é que forma a alma daquilo que fazemos, e a alma determina o sentimento, a alegria é explicita pra quem lê, tudo é um jogo de bate e volta, alegria irradiada, recebo diretamente esse sentimento.


Falávamos de algumas pessoas que sem assunto se tornam repetitivas, que acham que a quantidade do que elas falam irá influenciar no quanto as pessoas gostarão delas. Eu sou do tipo que acredita na qualidade do que se fala, e o melhor a se fazer quando não se tem assunto pra falar é... calar.


O calar fala muito, diz muito sobre o tipo de pessoa que você é, diz quando você não gosta ou gosta de alguma coisa já que o corpo também fala, os olhos falam, a boca não precisa falar pra falar... (deu pra entender?).


Bem, "com a palavra..." serviu pra dizer muita coisa, me dar alguns cutucões, auto-crítica, pude ler algumas das coisas que vivi me sentindo fora da situação. Agora me traz uma reflexão: Preciso mesmo estar com a palavra pra poder falar? Geralmente, quando vamos ouvir alguém trazer uma ministração sobre algum assunto, alguém apresenta o sujeito e diz: Com a palavra, Fulano de Oliveira Tal.


Não, na minha vida não preciso ser anunciado, não preciso de microfone pra me fazer ouvir, não preciso pronunciar uma única palavra pra dizer o que sinto, e por hora me calo... ... ... (xíiiiiiuuuu) Tá ouvindo?... O som do silêncio.




sábado, 6 de dezembro de 2008

Liso, leve e solto...


Lí em um blog um post contanto as aventuras de uma mulher durante a dolorosa depilação na virilha. Fiquei pensando a respeito, teve uma época em que resolvi fazer a barba com cera, estava com raiva de mim, queria torturar-me, auto-flagelo. Durante as seções, lágrimas corriam pelo meu rosto, doia demais...



Muitos homens, hetero ou homo, fazem depilação de peitos e costas, alguns depilam até braços e pernas, mas comecei a imaginar como seria a depilação anal. Imagino a cena, (como no fantástico mundo de Bob), você deitado numa maca de ladinho, segurando a banda da bunda com a mão, a cera quente sendo aplicada com um pedaço de pau, um puxão sem dó nem piedade, e o que sobrava das pregas já não existe mais, considere-se uma bicha completamente descolada.




Claro, cu peludo e bicha passiva não rola, assim como inestino que funciona regularmente também não, só tem uma diferença, pacsivia não te livra dos pelos. O negócio então é apelar para o bom e velho aparelho de barbear, e desse jeito dá até pra rolar uma brincadeira gostosa! Convide o namorado ou o ficante pra te ajudar, muita espuma, um barbeador com cabo bem lisinho... você de quatro, ele faz o trabalho pra você, brinca com o cabo do aparelho. Pode ou não ser divertido?




Se você amigo, gosta de receber uma cunete, então deve estar preparado para isso, não tem nada pior do que enroscar pêlos no dente. E tem mais, todo cu merece ser liso, leve e solto.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Todo gay já nasce um lutador de Jiu Jitsu!


Um amigo me contou que está praticando artes marciais, específicamente Jiu Jitsu.

O Jiu Jitsu (em japonês 柔術, literalmente jū, "flexível", "suave" e jutsu, "arte", "técnica", "prática") é uma arte marcial japonesa, que utiliza golpes de articulação, como torções de braço, tornozelo e estrangulamento, para imobilizar o oponente. Basicamente usa-se o peso do adversário contra ele mesmo. (fonte Wikipédia)


Você já viu uma luta? Eu não posso me arriscar a participar de uma pegação dessas, é muito excitante!

Imagine comigo a cena: Você deitado em um tatame, pernas levemente dobradas, alguém sentado em cima de você, exatamente lá... você coloca sua mão sobre a coxa do indivíduo para tentar inverter posições, e em movimentos rápidos de mãos e pernas você o coloca alí, de quatro, você abraçado a ele para neutralizar seus movimentos...

Bem, não sei quanto a você, eu já estaria de pau duro e no mínimo toto babado. Dizem que os lutadore de Jiu Jitsu são extremamente homofóbicos, não sei o que pensar a respeito, seria por acaso uma inverção de valores, eu combato aquilo que me atrai?

Veja só:





Agora me diga, onde posso me matricular com segurança?

terça-feira, 25 de novembro de 2008

andanças... parte II


Pois em Florianópolis foi tudo de bom, os amigos Carlos e Silvana se empenharam em fazer-me sentir bem. A conexão que era para o mesmo dia durou até segunda a noite.


Na noite de sábado a Silvana trouxe um violão para a casa do Carlos, violão e cerveja, ficamos muito tempo cantando e rindo, mais rindo que qualquer outra coisa. Sabe quando você se identifica com pessoas que mal conhece, mas sente que são amigos desde... desde sempre! Foi isso que sentimos, puro magnetísmo instantâneo.


No domingo, o Carlos me levou para o Samba num bar que é um rancho a beira da praia, muita gente inteligente, com samba na alma, samba de raiz. Até arrisquei-me a dançar, e ninguém entendeu nada, um neguinho no meio de um monte de branquelos e... sem samba no pé? rs

Enfim, me diverti muito, e não carrego o samba no pé, mas o meu coração bate em seu compasso.


Segunda, fomos ao centro da cidade e depois... praia, e que mar...


Tudo muito lindo, mas o que carrego comigo são as amizades que fiz, o desejo do reencontro, poder abraçar novamente e nem precisamos fazer nada, a proximidade já me realiza.

A noite de ontem...


Uma amiga do Rio que está em São Paulo me ligou ontem pra nos vermos, fomos a um jantar temático Espanhol no restaurante do Hotel que ela se hospedou na região da Berrini. Tomamos muito vinho e estávamos pra lá de alegres, bebados nunca. De repente uma voz de trovão rompeu o restaurante, um cantor espanhol, acompanhado de bailarinas e alguns músicos, lindo rapaz...


Enfim, o que era bom ficou ainda melhor quando ele, que nem precisava cantar para encantar, resolveu levantar e dançar, num movimento de mãos e pés, a camisa solta subia e deixava a barriga a mostra, desci pelo caminho da felicidade, calças malvadas bloqueavam-me a visão. O que era aquilo? Passei mal!...


Mas acabou, como tudo o que é bom, só pra não enjoar. Continuamos bebendo o nosso vinho e o papo seguiu por um caminho que me trouxe grandes revelações. Essa amiga, casada, mãe de família, me contou uma vez que o sonho de seu marido era vê-la na cama com outra mulher, na verdade, ele queria estar na cama com duas mulheres, ver movimentos de línguas e entrar na brincadeira ativamente, se é que posso dizer assim.


Pois bem, eles tiraram alguns dias de folga e resolveram fazer um cruzeiro para o Caribe. Conheceram algumas pessoas muito legais, e um rapaz lhes falou de uma menina, linda, mas... ela gostava de outras meninas! O marido ficou todo animado, mas não fez nenhuma proposta, ele acreditava que minha amiga jamais seria capaz de fazer algo desse tipo. E não é que ela cruzou com a menina no navio? Ela não se vê como lésbica ou bissexual, mas disse que não suporta que alguém duvide da sua masculinidade, (rs), brincadeira, ela disse que não admitia que duvidem que ela possa fazer alguma coisa. E partiu para o ataque, começou flertar com a garota... Papo vai, papo vem, marcaram de se encontrar na cabine durante a madrugada. Não dava pra acreditar, não é que a menina apareceu, o marido estava com outros homens no bar, elas foram para a cabine e por alguns minutos ficaram papeando. Minha amiga sentou-se na cama e tirou os sapatos, reclamando de dor nos pés...


"_Você tem creme?" Perguntou a gostosona.


"_Tenho esse." Respondeu a amiga, Vanilla da Victória Secret.


Começou a seção de massagem, pés, pernas... subiu! Elas começaram a se tocar, se beijar... O marido entrou sem acreditar no que estava vendo.


"_Ele pode ficar?" Perguntou minha amiga.


"_Claro!" Mas nem notou que ele estava ali, estava muito ocupada.


Ele nem pensou, já tirou a roupa e foi logo participar da festa, pôde realizar sua fantasia, na cama com duas mulheres lindas.


A essa altura da conversa, achei que a história acabasse ali, mas não, o vinho foi propício para deixar fluir muitas revelações...


Temos uma outra amiga em comum no Rio, casada, mãe de família, assim como minha amiga. Pois bem, um dia as duas estavam em casa, os maridos saíram para comprar carne para um churrasco de última hora... papo vai, papo vem,... As duas acabaram na cama, minha amiga diz que nunca teve um gozo tão farto como naquele dia, simplesmente demais...


A amiga em comum, continua vivendo sua vida, bissexual e feliz, muito feliz.


A amiga que me contou a história? Bem, ela não se sente bissexual, vive com seu marido e jura que nunca mais teve vontade de viver uma transa a três, ou mesmo apenas com uma mulher. Até que tenha vontade novamente, ela é aberta, se rolar...


E eu? Bem, fiquei embasbacado com o momento bolachão de minha amiga. Decepcionado? Nunca! Eu adorei saber, me senti muito feliz pela confiança, (e ela sabe que a história viria parar aqui, fui autorizado), privilegiado.


O que quero, de verdade, é ver os amigos felizes, querendo-se, amando-se... eu mesmo, tenho amigos de beijar na boca, amigos de levar pra cama... e eles continuam lá, sempre meus amigos! É uma questão de localização, cada um no seu cada qual.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

andanças...


Tenho uma conta no sônico e um dia, enquanto conectado, alguém resolveu me adicionar. Um rapaz de uma cidade no interior de Santa Catarina. Assim que ele fez a solicitação aprovei o seu pedido de amizade e mandei uma mensagem de boas vindas, que foi respondida por ele imediatamente.


Passamos a teclar no msn logo em seguida, papeávamos muito, nos identificamos em vários pontos em comum. Perguntei sua idade, 36 ele respondeu, e depois de sempre me relacionar com gente de mais idade, achei que aquela seria uma oportunidade de estar com alguém da mesma faixa, acreditanto que os pensamentos seriam parecidos, sei lá, uma mesma geração já que hoje tenho 33 anos. O fato de morar longe pra mim era bem tentador, sabe aquele lance de não ter pegação de pé, de você poder sair sem ter que dar satisfação, de se divertir sozinho, (sem necessáriamente ter que aprontar), enfim, fazer o que se tem vontade na hora que bate a vontade.


Nós falamos por um mês por telefone e internet, então resolvemos nos conhecer pessoalmente e fui fazer uma de minhas viajens, andanças. Cheguei, eu já o conhecia por fotos, mas... aquele rostinho "experiente" não tinha 36 anos, ou se tratava de alguém muito sofrido que trabalhava de sol a sol em uma plantação de mandioca, sei lá, mas não dei importância ao fato, haveria uma explicação que eu saberia a diante.


Foram três dias agradáveis, percebi muita carência por falta de companhia, eu adoro carinho, mas não a todo momento, achei que era coisa do momento, que ia se adequando com o tempo e deixei pra lá. Agora, tinha algo que me incomodava, os diminutivos, gostosinho, bunitinho, fofinho, ui, ui, ui... aquilo me tirava do sério. Eu precisei falar, senão não ia pra frente, quis salvar o relacionamento no início. Bem, ele disse que se policiaria e eu acreditei. Voltei pra casa e continuamos nos falando.


No meio das conversas, o assunto idade estava me incomodando, resolvi perguntar e ele disse que precisava mesmo falar comigo sobre o assunto, e que na verdade ele tinha 47 anos, 11 a mais! Eu perguntei porque ele havia mentido, ele disse que não sabia se a relação iria pra frente e sei lá, resolveu mentir mas se sentia mal por isso. Deixei pra lá.


De repente um assunto me incomodou, ele sugeriu que eu fosse morar com ele, contei a minha história, do relacionamento rompido por ter saído da minha cidade pra morar em outro lugar e disse que isso não iria acontecer, se ele quisesse mesmo, teria de ser da forma como estava, o que pra mim estava muito bom.


Quase um mês se passou, sobrou um tempo entre trabalhos e resolvi passar alguns dias com ele, uma semana pra ser mais exato, e foi bom isso ter acontecido, muita coisa foi esclarecida a partir de minha chegada. Primeiro, percebi que os excessos de mimo e os diminutivos persistentes continuavam, comecei a imaginar como seria uma semana inteira com aquilo. Depois, eu sentava na internet pra conversar com os amigos e ele ficava lendo, isso me perturbava, a falta de confiança me desorientava de tão descabida que era. Eu não passava o dia na internet, separava 30 minutos para isso num dia de 24 horas. Adicionei o amigo de um amigo no orkut, que por sinal namora e é muito feliz em seu relacionamento, ele não entendia o motivo, não tinha motivo, nós nos falamos e pronto, começamos a falar por msn, isso com ele ao lado. O rapaz gosta de explorar cavernas, é amante da espeleologia, e falamos unicamente sobre isso, ele observava tudo atentamente. Por fim o estupim, chamei um grande amigo de lindo no orkut, pra ele foi a gota dágua, se levantou espumando, fez uma piadinha infame e se trancou no banheiro. Tão rápido como bateu a porta e trancou, destrancou e abriu novamente, disse que precisava falar. O que ví em seus olhos naquele momento definiram o termino de nosso relacionamento, tratava-se de uma pessoa totalmente passional, e corro desse tipo de relacionamento, sou expansivo, não sirvo pra viver exclusivamente pra ninguém.


Ele disse que não entendia esse meu tratamento com as pessoas, eu chamo os meus amigos de lindo, de bonitão, de amor e que se não tinha mudado em 33 anos, não seria hoje que faria diferente, muito menos por ele. Chegou ao extremo de dizer que estava achando aquele papo com o "homem das cavernas", seria um disfarce para ele acreditar que não havia nada entre nós. Oras, eu vivo em São Paulo, o paraíso das possibilidades para os gays, o rapaz também vive aqui. Acha que eu viria até Santa Catarina pra fazer isso na frente dele? Ele pediu desculpas, mas percebi que era apenas pra não me perder, ele também leu nos meus olhos a palavra acabou. Conversei com ele no dia seguinte e disse que não dava, essa não era a vida que eu queria levar, ele pediu pra eu não fazer isso, disse que era geminiavo, (o que isso tem a ver?), que era praticamente um camaleão, que se adequava fácilmente.


Eu não podia ir embora aquele dia, fui inventar de fazer um mosaico pra ele, bem grande por sinal, e não queria deixar o trabalho pela metade, resolvi levar aquilo em banho maria até terminar o que havia começado. Sexta-feira chegou, terminei o trabalho. Já tinha visto os horários de ônibus, só tem um ônibus pra São Paulo por dia, e o daquele dia já estava lotado, não suportava ficar mais um dia naquele lugar, lembrei-me de uma amiga que é uma irmã pra mim, ela tem amigos em Florianópolis, sairia um ônibus da cidade em que estava para Floripa às 06 da manhã e essa era a oportunidade de sair de lá, o ônibus de Floripa pra São Paulo sairia às 18 horas, Paulinha falou com seus amigos e eles sem pestanejar aceitaram me receber para dar o horário da conexão.


Bem, fui comunicar minha decisão, ele me olhou com aquele mesmo olhar, disse que não entendia, mas tentou demonstrar um pouco de instabilidade emocional, disse que não era tão apegado ainda e que não seria difícil me esquecer. O ônibus sairia no sábado pela manhã, dormi com um olho aberto e outro fechado aquela noite, coloquei o celular pra despertas às 04 da manhã, parece que pisquei os olhos e o celular despertou. Ufa... que alívio, estava vivo e poderia sair dali.


Entrei no ônibus e durante a viajem começei a receber mensagens com insultos, coisas de adolescente passional, me sentia aliviado por não estar alí, minha vida estava em segurança, ignorei os insultos. Minha chegada em Florianópolis foi excelente, de cara encontro com a Silvana, uma manezinha da ilha que tem alegria por sobrenome, foi me buscar para levar a casa do Carlos, um outro amigo querido. O que era para ser uma conexão tornou-se um final de semana dos melhores, mas isso é assunto para um outro dia...