terça-feira, 25 de novembro de 2008

andanças... parte II


Pois em Florianópolis foi tudo de bom, os amigos Carlos e Silvana se empenharam em fazer-me sentir bem. A conexão que era para o mesmo dia durou até segunda a noite.


Na noite de sábado a Silvana trouxe um violão para a casa do Carlos, violão e cerveja, ficamos muito tempo cantando e rindo, mais rindo que qualquer outra coisa. Sabe quando você se identifica com pessoas que mal conhece, mas sente que são amigos desde... desde sempre! Foi isso que sentimos, puro magnetísmo instantâneo.


No domingo, o Carlos me levou para o Samba num bar que é um rancho a beira da praia, muita gente inteligente, com samba na alma, samba de raiz. Até arrisquei-me a dançar, e ninguém entendeu nada, um neguinho no meio de um monte de branquelos e... sem samba no pé? rs

Enfim, me diverti muito, e não carrego o samba no pé, mas o meu coração bate em seu compasso.


Segunda, fomos ao centro da cidade e depois... praia, e que mar...


Tudo muito lindo, mas o que carrego comigo são as amizades que fiz, o desejo do reencontro, poder abraçar novamente e nem precisamos fazer nada, a proximidade já me realiza.

A noite de ontem...


Uma amiga do Rio que está em São Paulo me ligou ontem pra nos vermos, fomos a um jantar temático Espanhol no restaurante do Hotel que ela se hospedou na região da Berrini. Tomamos muito vinho e estávamos pra lá de alegres, bebados nunca. De repente uma voz de trovão rompeu o restaurante, um cantor espanhol, acompanhado de bailarinas e alguns músicos, lindo rapaz...


Enfim, o que era bom ficou ainda melhor quando ele, que nem precisava cantar para encantar, resolveu levantar e dançar, num movimento de mãos e pés, a camisa solta subia e deixava a barriga a mostra, desci pelo caminho da felicidade, calças malvadas bloqueavam-me a visão. O que era aquilo? Passei mal!...


Mas acabou, como tudo o que é bom, só pra não enjoar. Continuamos bebendo o nosso vinho e o papo seguiu por um caminho que me trouxe grandes revelações. Essa amiga, casada, mãe de família, me contou uma vez que o sonho de seu marido era vê-la na cama com outra mulher, na verdade, ele queria estar na cama com duas mulheres, ver movimentos de línguas e entrar na brincadeira ativamente, se é que posso dizer assim.


Pois bem, eles tiraram alguns dias de folga e resolveram fazer um cruzeiro para o Caribe. Conheceram algumas pessoas muito legais, e um rapaz lhes falou de uma menina, linda, mas... ela gostava de outras meninas! O marido ficou todo animado, mas não fez nenhuma proposta, ele acreditava que minha amiga jamais seria capaz de fazer algo desse tipo. E não é que ela cruzou com a menina no navio? Ela não se vê como lésbica ou bissexual, mas disse que não suporta que alguém duvide da sua masculinidade, (rs), brincadeira, ela disse que não admitia que duvidem que ela possa fazer alguma coisa. E partiu para o ataque, começou flertar com a garota... Papo vai, papo vem, marcaram de se encontrar na cabine durante a madrugada. Não dava pra acreditar, não é que a menina apareceu, o marido estava com outros homens no bar, elas foram para a cabine e por alguns minutos ficaram papeando. Minha amiga sentou-se na cama e tirou os sapatos, reclamando de dor nos pés...


"_Você tem creme?" Perguntou a gostosona.


"_Tenho esse." Respondeu a amiga, Vanilla da Victória Secret.


Começou a seção de massagem, pés, pernas... subiu! Elas começaram a se tocar, se beijar... O marido entrou sem acreditar no que estava vendo.


"_Ele pode ficar?" Perguntou minha amiga.


"_Claro!" Mas nem notou que ele estava ali, estava muito ocupada.


Ele nem pensou, já tirou a roupa e foi logo participar da festa, pôde realizar sua fantasia, na cama com duas mulheres lindas.


A essa altura da conversa, achei que a história acabasse ali, mas não, o vinho foi propício para deixar fluir muitas revelações...


Temos uma outra amiga em comum no Rio, casada, mãe de família, assim como minha amiga. Pois bem, um dia as duas estavam em casa, os maridos saíram para comprar carne para um churrasco de última hora... papo vai, papo vem,... As duas acabaram na cama, minha amiga diz que nunca teve um gozo tão farto como naquele dia, simplesmente demais...


A amiga em comum, continua vivendo sua vida, bissexual e feliz, muito feliz.


A amiga que me contou a história? Bem, ela não se sente bissexual, vive com seu marido e jura que nunca mais teve vontade de viver uma transa a três, ou mesmo apenas com uma mulher. Até que tenha vontade novamente, ela é aberta, se rolar...


E eu? Bem, fiquei embasbacado com o momento bolachão de minha amiga. Decepcionado? Nunca! Eu adorei saber, me senti muito feliz pela confiança, (e ela sabe que a história viria parar aqui, fui autorizado), privilegiado.


O que quero, de verdade, é ver os amigos felizes, querendo-se, amando-se... eu mesmo, tenho amigos de beijar na boca, amigos de levar pra cama... e eles continuam lá, sempre meus amigos! É uma questão de localização, cada um no seu cada qual.